Com apenas dois participantes que o projeto Bem Viver do departamento de Medicina Preventiva da Unimed Cascavel iniciou em 2005, no Cascavel JL Shopping. Atualmente, são 240 inscritos, e uma média de participação nas aulas de 79,5%. Atividades físicas, motoras e de memória são oferecidas aos clientes da Unimed com mais de 60 anos. As ações são realizadas todas as terças e quintas-feiras, das 9h às 10h, no piso L1 do Cascavel JL Shopping.
O projeto busca com essas ações melhorar a qualidade de vida e promover a saúde dos beneficiários. “Na verdade os idosos estão vivendo mais do que antes e pensando em qualidade de vida e para mantê-la o projeto propôs esse tipo de atividade. A parceria feita com o Cascavel JL Shopping é excelente devido ao lugar ser tranquilo, não precisa se preocupar com as condições climáticas e não tem problemas com obstáculos. E o fato de cada um deles ver a vitrine une o útil ao agradável”, avalia o médico Cassio Franco.
Rosalina Polak, 76 anos, está desde o início do projeto, que começou apenas com dois integrantes. Ela convidou suas vizinhas que começaram a ir junto e o boca a boca fez com que o grupo aumentasse. “Antes pra virar de lado na cama eu precisava sentar, pois tinha muita dor na coluna. E com três meses já me virava tranquilamente”, lembra. Acrescenta ainda: “Se precisar subo e desço escada correndo. Eu não saio nunca do projeto. Só se mandarem embora”, brinca Rosalina.
Os exercícios realizados pelo projeto Bem Viver são de fortalecimento muscular, alongamento, relaxamento e coordenação. Os participantes são divididos em três grupos de atividades por cores conforme a restrição médica de cada um. O Grupo Azul são as pessoas mais ativas tanto fisicamente com melhores condições para realizar os exercícios. Já o Grupo Verde pertence aos que possuem uma pequena restrição física para realização de alguns exercícios. E o Grupo Vermelho são os que têm maior dificuldade. Segundo o educador físico Fábio Martins, todos acabam se adaptando em todos os exercícios em seu grupo.
“É muito importante os exercícios na terceira idade para a parte física quanto para mental. Ajuda a melhorar a força da musculatura, auxilia na correção da postura, melhora o alongamento, diminuem as dores, melhora a auto-estima, ajuda a melhorar a coordenação motora e principalmente ajuda no convívio entre os grupos. Obtemos resultados na parte física dos alunos e no convívio entre eles. Mais nota-se a melhora no aumento da marcha (caminhada), nos membros superiores e inferiores e no bom humor”, evidencia Fábio.
Mafilde Soares Orlandi, 81 anos, é um exemplo de que a atividade física deve ser praticada sempre. “Já fiz de tudo. Esporte, ginástica e corrida. O projeto é maravilhoso e foi uma benção que inventaram. São amigos e companheiros da gente. No shopping é um ambiente saudável e ninguém atrapalha. Os profissionais que acompanham nos exercícios sempre ficam atentos e corrigem se a gente faz algo errado. Conheci uma senhora que quando começou a participar andava de bengala e hoje ela anda normal”, conta.
O médico lembra ainda outro grave problema na terceira idade que é a depressão. “Temos quatro casais que perderam o seu companheiro e encontraram na turma força para superar a perda e não ficar em casa. Nada melhor do que fazer os exercícios em grupo, que se torna lúdico, conversam e tem toda a animação do grupo. Desta forma eles conseguem lidar melhor com essa fase da vida”, acrescenta Cássio.
Em todas as atividades, há presença do médico Cássio Franco, da auxiliar de enfermagem Marlei Schneider e dos educadores físicos Fábio Martins, Tiago Felipe Xavier e Marcos Blank. Informações: (45) 3038-8989.
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| Mafilde Soares Orlandi, 81 anos, é um exemplo de que a atividade física deve ser praticada sempre |
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